O VOTO E O PÃO
Mandam no teu destino. Mas ele é teu, meu irmão. Ergue teus braços finos E acaba com a exploração Faz tua revolução! O voto e tua única arma. Põe teu voto na mão. O voto é tua única arma. Põe teu voto na mão. O voto e sua única arma Põe teu voto na mão. Tua casa está caindo; P pouca comida tem no fogão; T tua mulher está mal vestida; Teu filho de pé no chão. FAZ TUA REVOLUÇÃO! O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto é tua única arma; Põe teu voto na mão; O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. Escravismo.feudalismo, capitalismo, Socialismo, tudo em vão. Vai milênio, vem milênio. E continuas na escravidão FAZ TUA REVOLUÇÃO! O Voto é tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto é tua única arma;
| Cristianismo, judaísmo.Hinduismo; Todos querem a tua salvação. Tu rezas noite e dia, Ninguém ouve a tua oração. Faz tua revolução O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão O voto é tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. Construíste, com teu trabalho. Toda riqueza desta nação; Por justiça, tens o direito; Vai pegar o teu quinhão. FAZ TUA REVOLUÇÃO! O voto e tua única arma; Poe teu voto na mão. O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. A liberdade é o pão do espírito; Do corpo, a liberdade é o pão. Desperta pra luta amigo; Faz tua revolução. O voto e tua única arma; Põe teu voto na mão. O voto e tua única arma. Põe o teu voto na mão. O voto é tua única arma. Põe teu voto na mão. |
Poema do Dep. Alceu Collares. |
Poema a Zumbi, de Collares
Esta é a história do negro,
Seu nome é Zumbi,
De um povo de negros,
rei ele foi.
Vendido aos traficantes
de escravos ,
Em imundos porões
de navios miseráveis
Sofre o Zumbi
desumanos castigos.
Depois a longa noite
da escravidão
medonha,
O duro trabalho,
a saudade doendo
E a chibata batendo,
batendo, batendo
No corpo cansado
do pobre cativo.
Zumbi abandona
a senzala
E se embrenha na verde floresta.
Sai em busca do seu povo e da liberdade.
Surge o Quilombo de Palmares –
Nação de negros organizada,
Operosa, socialista e livre.
Mas o branco, que tinha no braço do negro
Um instrumento criador da sua riqueza,
Não se conforma e diz: - negro não é gente,
Negro é um animal, morte aos Palmares!
Resistem os negros com inaudita coragem,
Tingindo de sangue o solo de Palmares.
Que luta de ódios, que ataques violentos,
Que mortes horríveis, sofreram os negros.
E o fogo se alastra pelas toscas palhoças,
Milhares de cadáveres espalhados no chão,
Centenas de negros escravos de novo,
E arrancaram da sua alma a grande ilusão,
E a história nos conta que Palmares caiu,
Mas, ainda hoje, se ouve
do fundo da alma do negro
O grito rebelde do valente guerreiro.
Liberdade , liberdade, liberdade.
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