domingo, 3 de julho de 2011

Indignação sobre comentários que ouço sobre o sistema de Cotas!

Há pessoas que mencionam a questão do preenchimento das vagas com cotas para negros e indígenas como uma questão de capacidade intelectual, e a proposta não é essa, o negro,o indígena, o pobre, o deficiente físico, etc entre tantos marginalizados por séculos não tiveram oportunidades iguais com relação a todo o resto da humanidade, sejam brancos, ricos, europeus,nobres, poderosos, etc. por esse motivo a necessidade do sistema de cotas. Não é um questão de inteligência, mas de oportunidade. O povo negro e indígena deveria ser indenizado por todo o seu dano sofrido, serem arrancados de sua terra, do seu habitat, impossibilidados de praticar a sua cultura. Como devolver a esses povos tudo que lhe foi roubado, sequestrado, adulterado, desvalorizado? Então repense, e se não é a favor do sistema de cotas, qual outro sistema você lançaria para ressarcir esses povos que deixaram seu sangue no chão, literalmente nessas terras, lutando por sua liberdade e alavancando este país com seu trabalho forçado, contribuindo com seus conhecimentos sem até hoje ter o reconhecimento de que ajudou a construi-lo. Como recuperar o que se perdeu durante um grande período histórico? Isso é o mínimo que começou a ser feito. Antes de inventar piadas sobre a inteligência do negro ou do indígena, estude um pouco mais sobre a história do Brasil e do mundo e descobrirá, que já em outros países, reconheceram a injustiça feita com muitos povos, inclusive o povo judeu e criaram mecanismos para reparar os danos causados, que na verdade, nunca serão restabelecidos verdadeiramente, pois um corpo caído, morto no chão jamais será substituído. Pense melhor!

Prof Ingrid Costa

Racismo? Tô fora!



E porque não dissemos nada...

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Maiakovski



Como eu não me importei com ninguém
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)



Já não havia mai ninguém para reclamar
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar…

Martin Niemöller, 1933
- símbolo da resistência aos nazistas -

Apesar de toda a modernidade vivida pelas sociedades atuais, infelizmente ainda é comum encontrarmos casos de preconceito e discriminação por causa de diferenças raciais. Nas teorias da lei e nas práticas do cotidiano, o racismo é uma atitude que deve ser abolida, mas ainda hoje, muita gente nem sabe o que é.
Por isso, é bom esclarecer algumas dúvidas sobre o que é o RACISMO.
Segundo a enciclopédia Wikipedia, o racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros.
 


 O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré-concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
Foi baseado na idéia de superioridade de raças, que o nazismo exterminou um grande número de judeus, mas se engana completamente quem pensa que ele foi o único. Durante o período colonial, influenciado pelo imperialismo, potências como a Inglaterra, os EUA, e diversos outros países invadiram terras e destruíram a população com a desculpa de que levavam o desenvolvimento. 


 Quem acha que o racismo é coisa do passado também se engana. Com a internet e a possibilidade do anonimato, multiplicou-se o número de pessoas que defendem idéias de superioridade de raças. Quem duvidar basta procurar por blogs, comunidades e grupos que se utilizam do meio digital para disseminar o preconceito. 
 
Digam não ao racismo contra qualquer tipo de preconceito, que seja pela cor da pele, opção sexual, regionalidade, etc... Preconceito não devia existir nem nos tempos antigos e nem nos atuais. Exclua isso da sua vida e seja feliz respeitando as diferenças do próximo... Já diz a Biblía "Amais uns aos outros"

Aqui vai um link de um site muito legal, nele você poderá denunciar não só o Racismo mais qualquer outro tipo de  violência contra os direitos humanos. Denuncie já!
 
Fonte: Blog da Amanda Tôrres (Blogspot) e Revista Afro.com online

Para refletir...



Há quarenta anos atrás, era eu um bebezinho negro passeando na cidade de Paranaguá-PR, bem parececido com esse acima. Contavam meus pais que eu causava o maior
"frisson" e pessoas queriam passar o dedo em mim para ver se eu soltava tinta.
Ainda hoje causo "frisson" em pessoas pelo meu modo de vestir, arrumar meu cabelo, pela minha cor, pela minha auto-estima elevada por ter orgulho de ser uma cidadã, uma mulher e negra...
Após 123 anos, 1 mês e 20 dias da dita gloriosa abolição dos escravos, ainda olham primeiro para a minha cor e não para mim. Interessante!

Prof Msc Ingrid Costa
(Rio Grande, 3 dejulho de 2011)

Eu sou uma Contadora de Histórias (GRIÔT)

CREDO DO NARRADOR ORAL (GRIÔT)




Creio no contador, como memória viva do amor e creio em seu filho, e no filho de seu filho, e no filho de seu filho, porque eles são a estirpe da voz, os criadores da terra e do céu das vozes: voz das vozes.
Creio na magia que na entrada das cavernas acendeu o primeiro fogo que reuniu como estrelas: o assombro, o tremor, a fé.

Creio no contador, concebido nos espelhos da água, nascido humilde, tantas vezes negado, tantas vezes crucificado, porém nunca morto, nunca sepultado, porque sempre ressuscitou dos vivos congregando-os a ser: xamã, fabulista, contador de histórias...


Creio no contador, que desde os tempos tribais a todos antecedeu para alcançar-nos por que é. Creio em suas mentiras fabulosas que escondem fabulosas certezas, no prodígio de sua invenção que vaticina realidades insuspeitas, e também creio na fantasia das verdades e nas verdades da fantasia, por isso creio nas sete léguas das botas, na serpente que antes foi inofensiva galinha, e no gato único no mundo, aquele gato que ao miar lançava moedas de ouro pela boca.

Creio nos contos de minha mãe, como minha mãe acreditou nos contos de minha avó, como minha avó acreditou nos contos de minha bisavó e recordo a voz que me contava para afastar a enfermidade e o medo, a voz que recordava os conselhos entesourados pela mãe para passá-los ao filho;— Não te desvies do teu caminho.— Nunca faças de noite o que possas te envergonhar pela manhã.

Creio no direito da criança escutar contos; e mais, creio no direito das crianças vivas dentro dos adultos de voltar a escutar os contos que povoaram sua infância; e mais, creio nos direitos dos adultos desde sempre e para sempre de escutar contos, outros novos contos.

Creio no gesto que conta, porque em sua mão desnuda, despojadamente desnuda, está o coelho.

Creio no tambor que redobra, porque o que haveria sido do mundo se não tivesse sido inventado o tambor, se a poesia não reinventasse o mundo dentro de nós, se o conto, ao improvisar o mundo, não o reordenasse, se o teatro não desvelasse a cerimônia secreta das máscaras e por isso...Por que creio, narro oralmente.

Creio que contar é defender a pureza, defender a sabedoria da ingenuidade, defender a força da indagação. Creio que contar é compartilhar a confiança, compartilhar a simplicidade como transparência da profundidade, compartilhar a linguagem comum da beleza. Creio que contar É UMA FORMA DE AMOR!


Garzón Céspedes

Conto: A serpente e o vagalume

A SERPENTE E O VAGALUME
 
Conta a lenda que uma vez uma serpentecomeçou a perseguir um vagalume.
Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava
em desistir.
Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada....
No terceiro dia, já sem forças o 
vagalume parou e disse à cobra:
- Posso lhe fazer uma pergunta?
- Não costumo abrir esse precedente 
para ninguém, 
mas já que vou te devorar
mesmo, pode perguntar.
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você  quer acabar 
comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar!
    


"Pense nisso e selecione as pessoas em 
quem confiar."

Lei 10.639/03 - Lei 11.645/08 - Obrigatoriedade do estudo da cultura africana, afro-brsileira e indígena nas escolas.

A Lei 11.645 de 10.03.08, que disciplinou inteiramente a matéria tratada na Lei
10.639/03, revogou a anterior, apenas para acrescentar a obrigatoriedade da cultura
indígena
A hipótese é de revogação da lei anterior, nos termos do que estabelece o parágrafo 1º
do art. 2º da Lei de Introdução ao Código Civil:
(Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
“A Lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a Lei
anterior”.
Confira o texto da Lei Nova:
LEI Nº 11.645, DE 10 DE MARÇO DE 2008
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9
de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena".
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a
seguinte redação:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e
privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da
história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses
dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos
negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e
o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas
social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas
brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas
áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras." (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 10 de março de 2008; 187º da Independência e 120º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad

Sugestão de Livros sobre Cultura Africana e Afro-brasileira.








Livros com temas Afro - Procure-os nas Bibliotecas Escolares

Esses livros são enviados para as escolas pelo Governo Federal.



Sugestão de leituras para Educadores - Hora do Conto Afro


Procure esse livro na biblioteca da sua escola.

Letra da Música: O pequeno burguês (Martinho da Vila)

O Pequeno Burguês
Martinho da vIla

Felicidade!
Passei no vestibular
Mas a faculdade
É particular
Particular!
Ela é particular
Particular!
Ela é particular...
Livros tão caros
Tanta taxa prá pagar
Meu dinheiro muito raro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar
O meu dinheiro
Alguém teve que emprestar...
Morei no subúrbio
Andei de trem atrasado
Do trabalho ia prá aula
Sem jantar e bem cansado
Mas lá em casa
À meia-noite
Tinha sempre a me esperar
Um punhado de problemas
E criança prá criar...
Para criar!
Só criança prá criar
Para criar!
Só criança prá criar...
Mas felizmente
Eu consegui me formar
Mas da minha formatura
Não cheguei participar
Faltou dinheiro prá beca
E também pro meu anel
Nem o diretor careca
Entregou o meu papel...
O meu papel!
Meu canudo de papel
O meu papel!
Meu canudo de papel...
E depois de tantos anos
Só decepções, desenganos
Dizem que sou um burguês
Muito privilegiado
Mas burgueses são vocês
Eu não passo
De um pobre coitado
E quem quiser ser como eu
Vai ter é que penar um bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado
Um bom bocado!
Vai penar um bom bocado...

BEZERRA DA SILVA

Bezerra da Silva (Recife, Pernambuco, 23 de fevereiro de 1927 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2005) foi um cantor, compositor e violonista brasileiro, considerado o embaixador dos morros e favelas. Cantou sobre os problemas sociais encontrados dentro das comunidades, se apresentando no limite da marginalidade e da indústria musical.

Temas de músicas

Seus principais temas foram os problemas sociais dentro das comunidades, entre eles: a malandragem e ladrões à margem da lei, a maconha, e outras linguagens. É considerado um dos principais expoentes do samba do estilo partido alto.

História

Nordestino, desde sua infância foi ligado à música e sempre “sentiu” que apresentava o dom de tocar, causando atritos com a família.
Seu pai, da Marinha Mercante, saiu de casa quando Bezerra era pequeno, vindo morar no Rio de Janeiro. Com isso, depois de ingressar e ser expulso da Marinha Mercante, descobriu o paradeiro do pai e veio atrás dele. Causando mais atritos com o pai, foi morar sozinho, no Morro do Cantagalo, trabalhando como pintor na construção civil. Juntamente, era intrumentista de percussão e logo entrou em um bloco carnavalesco, onde um dos componentes o levou para a Rádio Clube do Brasil, em 1950.
Durante sete anos viveu como mendigo nas ruas de Copacabana, onde tentou suicídio e foi “salvo” por um Santo da Umbanda, onde ele se tornou um praticante até ingressar numa Igreja Evangélica. A partir daí passou a atuar como compositor, instrumentista e cantor, gravando seu primeiro compacto em 1969 e o primeiro LP seis anos depois.
Inicialmente gravou músicas sem sucesso. Mas a partir da série Partido Alto Nota 10 começou a encontrar seu público. O repertório de seus discos passou a ser abastecido por autores anônimos (alguns usando codinomes para preservar a clandestinidade) e Bezerra notabilizou-se por um estilo Sambandido (ou Gangsta Samba), precursor mesmo do Gangsta Rap norte-americano. Antes do Hip Hop brasileiro, ele passou a transmitir do outro lado da trincheira da guerra civil não declarada: “Malandragem Dá um Tempo“, “Seqüestraram Minha Sogra“, “Defunto Cagüete“, “Bicho Feroz“, “Overdose de Cocada“, “Malandro Não Vacila“, “Meu Pirão Primeiro“, “Lugar Macabro“, “Piranha“, “Pai Véio 171“, “Candidato Caô Caô“.
Em 1995 gravou pela Sony “Moreira da Silva, Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert“, uma paródia ao show dos três tenores, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras. O sambista virou livro em 1998, com “Bezerra da Silva – Produto do Morro“, de Letícia Vianna.
Em 2001 retornou à fé evangélica através da Igreja Universal do Reino de Deus e em 2003 gravou o CD Caminho de Luz com músicas gospel. Em 2005, perto da morte, mas ainda demostrando plena atividade, participou de composições com Planet Hemp, O Rappa e outros nomes de prestígio da Música Popular Brasileira.
Morreu em 2005, aos 77 anos de idade, perto de completar 78, eternizando-se no mundo do samba.

Sua Morte

Bezerra morreu na manhã de segunda-feira, dia 17 de Janeiro de 2005 aos 77 anos, depois de sofrer uma parada cardíaca. De acordo com o último boletim médico, a causa do óbito foi falência múltipla dos órgãos. O corpo de Bezerra foi velado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O sepultamento foi em uma terça-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju.
Bezerra estava internado desde o dia 28 de outubro, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, com embolia pulmonar e pneumonia.

Discografia

·                                 O Rei Do Côco (1976)
·                                 Partido Alto Nota 10 Bezerra e Genaro (1977)
·                                 Partido Alto Nota 10 Vol.2 – Bezerra e Seus Convidados (1979)
·                                 Partido Alto Nota 10 Vol.3 – Bezerra e Rey Jordão (1980)
·                                 Partido Muito Alto (1980)
·                                 Samba Partido e Outras Comidas (1981)
·                                 Bezerra e um Punhado de Bambas (198 )
·                                 Produto do Morro (1983)
·                                 É Esse Aí Que É o Homem (1984)
·                                 Malandro Rife (1985)
·                                 Alô Malandragem, Maloca o Flagrante (1986)
·                                 Justiça Social (1987)
·                                 Violência Gera Violência (1988)
·                                 Se Não Fosse o Samba (1989)
·                                 Eu não sou Santo (1990)
·                                 Partideiro da Pesada (1991)
·                                 Presidente Caô Caô (1992)
·                                 Cocada Boa (1993)
·                                 Bezerra, Moreira e Dicro – Os 3 Malandros In Concert (1995)
·                                 Contra O VERDADEIRO Canalha (Bambas Do Samba) (1995)
·                                 Meu Samba É Duro na Queda (1996)
·                                 Eu Tô de Pé (1998)
·                                 Provando e Comprovando sua Versatilidade (1998)
·                                 Bezerra da Silva: Ao Vivo (1999)
·                                 Malandro é Malandro e Mané é Mané (2000)
·                                 A Gíria é Cultura do Povo (2002)
·                                 Caminho de Luz (2003)
·                                 Pega Eu (2003)
·                                 Meu Bom Juiz (2003)
·                                 O Partido Alto do Samba (2004)
·                                 Série Maxximum – Bezerra da Silva (2005)
·                                 O Samba Malandro de Bezerra da Silva (2005)Fonte – Wikipedia
Sequestraram Minha Sogra
Sequestraram minha sogra, bem feito pro sequestrador
Ao invés de pagar o resgate, foi ele quem me pagou
Ele pagou o preço da mala que ele que ele carregou
Ele pagou a paga da praga que ele sequestrou
Ele pagou a mala sem alça que ele levou
Ele pagou a paga da praga que ele levou (2X)
O telefone tocou uma voz cavernosa pedindo um milhão
Pra libertar minha sogra que não vale nenhum tostão
Ela zuou no cativeiro, mordeu a mordaça e a algema quebrou
E até a bala do meu revólver a capeta da sua sogra chupou
Ele pagou o preço da mala que ele que ele carregou
Ele pagou a paga da praga que ele sequestrou
Ele pagou a mala sem alça que ele levou
Ele pagou a paga da praga que ele levou

Mama Africa

Miriam Makeba
Informação geral
Nome completo
Zenzile Miriam Makeba
Mama África
Nascimento
Data de morte
Período em atividade
Afiliações

Makeba começou a carreira em grupos vocais nos anos 50, interpretando uma mistura de blues americanos e ritmos tradicionais da África do Sul. No fim da década, apesar de vender bastantes discos no país, recebia muito pouco pelas gravações e nem um cêntimo de royalties, o que lhe despertou a vontade de emigrar para os Estados Unidos a fim de poder viver profissionalmente como cantora.
O seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando participou no documentário antiapartheid Come Back, África, a cuja apresentação compareceu, no Festival de Veneza daquele ano. A recepção que teve na Europa e as condições que enfrentava na África do Sul fizeram com que Miriam resolvesse não regressar ao país, o que causou a anulação do seu passaporte sul-africano.
Foi então para Londres, onde se encontrou com o cantor e ator negro norte-americano Harry Belafonte, no auge do sucesso e prestígio e que seria o responsável pela entrada de Miriam no mercado americano. Através de Belafonte, também um grande ativista pelos direitos civis nos Estados Unidos, Miriam gravou vários discos de grande popularidade naquele país. A sua canção Pata Pata tornou-se um enorme sucesso mundial. Em 1966, os dois ganharam o Prêmio Grammy na categoria de música folk, pelo disco An Evening with Belafonte/Makeba.[1]
Em 1963, depois de um testemunho veemente sobre as condições dos negros na África do Sul, perante o Comitê das Nações Unidas contra o Apartheid, os seus discos foram banidos do país pelo governo racista; o seu direito de regresso ao lar e a sua nacionalidade sul-africana foram cassados, tornando-se apátrida.
Os problemas nos Estados Unidos começaram em 1968, quando se casou com o ativista político Stokely Carmichael, um dos idealizadores do chamado Black Power e porta-voz dos Panteras Negras, levando ao cancelamento dos seus contratos de gravação e das suas digressões artísticas. Por este motivo, o casal mudou-se para a Guiné, onde se tornaram amigos do presidente Ahmed Sékou Touré. Nos anos 80, Makeba chegou a servir como delegada da Guiné junto da ONU, que lhe atribuiu o Prêmio da Paz Dag Hammarskjöld. Separada de Carmichael em 1973, continuou a vender discos e a fazer espetáculos em África, América do Sul e Europa.
Em 1975, participou nas cerimónias da independência de Moçambique, onde lançou a canção "A Luta Continua" (slogan da Frelimo), apreciada até aos nossos dias.
A morte da sua filha única em 1985 levou-a a mudar-se para a Bélgica, onde se estabeleceu. Dois anos depois, voltaria triunfalmente ao mercado norte-americano, participando no disco de Paul Simon Graceland e na digressão que se lhe seguiu.
Com o fim do apartheid e a revogação das respectivas leis, Miriam Makeba regressou finalmente à sua pátria em 1990, a pedido do presidente Nelson Mandela, que a recebeu pessoalmente à chegada. Na África do Sul, participou em dois filmes de sucesso sobre a época do apartheid e do levantamento de Soweto, ocorrido em 1976.
Agraciada em 2001 com a Medalha de Ouro da Paz Otto Hahn, outorgada pela Associação da Alemanha nas Nações Unidas "por relevantes serviços pela paz e pelo entendimento mundial", Miriam continuou a fazer shows em todo mundo e anunciou uma digressão de despedida, com dezoito meses de duração.
Em 9 de novembro de 2008, apresentou-se num concerto a favor de Roberto Saviano, em Castel Volturno (Itália). No palco, sofreu um ataque cardíaco e morreu no hospital na madrugada do dia 10 de novembro.

 Discografia

 Álbuns

  • Miriam Makeba (1960)
  • The World Of Miriam Makeba (1962)
  • Makeba (1963)
  • Makeba Sings (1965)
  • An Evening With Belafonte/Makeba (com Harry Belafonte) (1965)
  • The Click Song (1965)
  • All About Makeba (1966)
  • Malaisha (1966)
  • Pata Pata (1967)
  • The Promise (1974)
  • Country Girl (1975)
  • Sangoma (1988)
  • Welela (1989)
  • Eyes On Tomorrow (1991)
  • Sing Me A Song (1993)
  • A Promise (1994)
  • Live From Paris & Conakry (1998)
  • Homeland (2000)
  • Keep Me In Mind (2002)
  • Reflections (2004)

Compilações

  • África 1960-65 recordings (1991)
  • The Best Of Miriam Makeba & The Skylarks 1956-59 recordings (1998)
  • Mama África: The Very Best Of Miriam Makeba (2000)
  • The Guinea Years (2001)
  • The Definitive Collection (2002)
  • The Best Of The Early Years (2003)