domingo, 24 de abril de 2011

Programa de Rádio


PROGRAMA DE RÁDIO

COM A PROFESSORA INGRID E A CULTURA AFRO


ESTRÉIA DIA 29 DE ABRIL DE 2011


TODAS AS 6ª FEIRAS

DAS 18:30 HORAS ÀS 19:30 HORAS


RÁDIO CULTURAL 104.9 FM

Poemas do Ex-Governador do Estado do Rio Grande do Sul Sr. Alceu Collares

O VOTO E  O PÃO
             
Mandam no teu destino.
   Mas ele é teu, meu irmão.
Ergue teus braços finos
   E acaba com a exploração
 
Faz tua revolução!
 
O voto e tua única arma.
Põe teu voto na mão.
O voto é tua única arma.
Põe teu voto na mão.
O voto e sua única arma
Põe teu voto na mão.
 
Tua casa está caindo;
P    pouca comida tem no fogão;
T    tua mulher está mal vestida;
Teu filho de pé no chão.
 
        FAZ TUA REVOLUÇÃO!
 
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto é tua única arma;
Põe teu voto na mão;
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
 
Escravismo.feudalismo, 
capitalismo, 
 Socialismo, tudo em vão.
Vai milênio, vem milênio.
E continuas na escravidão
 
FAZ TUA REVOLUÇÃO!
 
O Voto é tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto é tua única arma;

 
Cristianismo, judaísmo.Hinduismo;
Todos querem a tua salvação.
Tu rezas noite e dia,
Ninguém ouve a tua oração.
 
Faz tua revolução
 
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão
O voto é tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
 
 
Construíste, com teu trabalho.
Toda riqueza desta nação;
Por justiça, tens o direito;
Vai pegar o teu quinhão.
 
FAZ TUA REVOLUÇÃO!
 
O voto e tua única arma;
Poe teu voto na mão.
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
 
A liberdade é o pão do espírito;
Do corpo, a liberdade é o pão.
Desperta pra luta amigo;
Faz tua revolução.
 
O voto e tua única arma;
Põe teu voto na mão.
O voto e tua única arma.
Põe o teu voto na mão.
O voto é tua única arma.
Põe teu voto na mão.
Poema do Dep. Alceu Collares.
     

Poema a Zumbi, de Collares

Esta é a história do negro,
Seu nome é Zumbi,
De um povo de negros,
rei ele foi.
Vendido aos traficantes
de escravos ,
Em imundos porões
de navios miseráveis
Sofre o Zumbi
desumanos castigos.
Depois a longa noite
da escravidão 
medonha,
O duro trabalho,
a saudade doendo
E a chibata batendo,
batendo, batendo
No corpo cansado
do pobre cativo.
Zumbi abandona
a senzala
E se embrenha na verde floresta.
Sai em busca do seu povo e da liberdade.
Surge o Quilombo de Palmares –
Nação de negros organizada,
Operosa, socialista e livre.
Mas o branco, que tinha no braço do negro
Um instrumento criador da sua riqueza,
Não se conforma e diz: - negro não é gente,
Negro é um animal, morte aos Palmares!
Resistem os negros com inaudita coragem,
Tingindo de sangue o solo de Palmares.
Que luta de ódios, que ataques violentos,
Que mortes horríveis, sofreram os negros.
E o fogo se alastra pelas toscas palhoças,
Milhares de cadáveres espalhados no chão,
Centenas de negros escravos de novo,
E arrancaram da sua alma a grande ilusão,
E a história nos conta que Palmares caiu,
Mas, ainda hoje, se ouve
do fundo da alma do negro
O grito rebelde do valente guerreiro.
Liberdade , liberdade, liberdade.