Antonieta de Barros (1901-1952)
Antonieta de Barros nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 11 de julho de 1901. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai, sendo criada pela mãe. Ingressou com 17 anos na Escola Normal Catarinense, concluindo o curso em 1921.
Em 1922, a normalista fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, voltado para alfabetização da população carente. O curso foi dirigido por ela até sua morte e fechado em 1964. Professora de Português e Literatura, Antonieta exerceu o magistério durante toda a sua vida, inclusive em cargos de direção. Foi professora do atual Instituto de Educação entre os anos de 1933 e 1951, assumindo sua direção de 1944 a 1951, quando se aposentou.
Antonieta de Barros notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina. Eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo . Atuou na assembléia legislativa catarinense até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.
Antonieta de Barros notabilizou-se por ter sido a primeira deputada estadual negra do país e primeira deputada mulher do estado de Santa Catarina. Eleita em 1934 pelo Partido Liberal Catarinense, foi constituinte em 1935, cabendo-lhe relatar os capítulos Educação e Cultura e Funcionalismo . Atuou na assembléia legislativa catarinense até 1937, quando teve início a ditadura do Estado Novo.
Com o fim do regime ditatorial, ela se candidatou pelo Partido Social Democrático e foi eleita novamente em 1947, desta vez como suplente. Na ocasião, continuou lutando pela valorização do magistério: exigiu concurso para o provimento dos cargos do magistério, sugeriu formas de escolhas de diretoras e defendeu a concessão de bolsas para cursos superiores a alunos carentes.
Além da militância política, Antonieta participou ativamente da vida cultural de seu estado. Fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927. Neste período, por meio de suas crônicas, ela veiculava suas idéias, principalmente aquelas ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do preconceito racial. Dirigiu também a revista quinzenal Vida Ilhoa , em 1930, e escreveu vários artigos para jornais locais. Com o pseudônimo de Maria da Ilha, ela escreveria o livro Farrapos de Idéias , em 1937.
Ao longo de sua vida, Antonieta atuou como professora, jornalista e escritora. Como tal, destacou-se, entre outros aspectos, pela coragem de expressar suas idéias dentro de um contexto histórico que não permitia às mulheres a livre expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e por meio dele opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos, visando sempre a educação da população mais carente.
Antonieta faleceu no dia 18 de março de 1952.
Referências bibliográficas
Brazil, Érico Vital e Schumaher, Schuma (org.). Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a atualidade . Jorge Zahar.
Mott, Maria Lúcia de Barros. Escritoras negras resgatando a nossa história . Coleção Papéis Avulsos. 1989.
Oliveira, Eduardo (org). Quem é quem na negritude brasileira . São Paulo, Congresso Nacional, 1998.
Brazil, Érico Vital e Schumaher, Schuma (org.). Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a atualidade . Jorge Zahar.
Mott, Maria Lúcia de Barros. Escritoras negras resgatando a nossa história . Coleção Papéis Avulsos. 1989.
Oliveira, Eduardo (org). Quem é quem na negritude brasileira . São Paulo, Congresso Nacional, 1998.
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